Mesquinho. Pobre. Sem rumo. Perdido. Resumo curto e grosso
do chão que nos carrega. Sem ofensa para o solo propriamente dito. Somos nós
que o pejamos. Impregnamos este solo com maldade. Somos merda. Talvez pouco
mais que isso. População ingovernável que clama de olhos vendados pelos nomes
daqueles que se lhe impõem como líderes achando assim que nos ilibaremos da
responsabilidade de sermos autossuficientes. Assim há alguém a quem culpar pela
nossa desgraça. E esses auto-proclamados líderes que se pavoneiam como um macho
a cortejar a fêmea em frente aos seres que se acham menores. Vomitam, com um
débito inalcançável por homens de bem, pseudoconhecimentos que hipoteticamente
salvariam o mundo dos “maus”, quando o seu único propósito é a autossalvação. Somos
cenário. Fachadas bonitas. Não mais do que isso. Dizemo-nos defensores de
direitos afirmamo-nos contra determinados estereótipos que apregoamos terem
caído em desuso, e para levar a nossa ideia avante criamos outros ainda piores.
Combatemos desrespeito com faltas de respeito ainda maiores. Usamos a expressão
“Homens das cavernas” para descrever determinados monstros do mundo atual sem
pararmos um segundo para pensar que a desgraça somos nós e esta sociedade
perdida. Os homens das cavernas viviam numa sociedade justa em que cada um
tinha no seu meio social, um papel fulcral e bem definido. Sem parasitas,
traidores e líderes de fachada. Imperava a sobrevivência e isso definia a
verdadeira necessidade de agir e consumir. Somos nós os monstros.